quarta-feira, 7 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Jamais a esperança

"Dançam, dançam os paladinos,
Os magros paladinos do diabo,
Os esqueletos dos Saladinos."
A.Rimbaud


Antes a fissão fosse apenas ficção:
Uns einsteins pra cá, outros pra lá.
Quase digno de um chá-chá-chá.

A primavera deixou de ser parente.
[Sem dente. Sem gente.
Verão ninguém mais viu.
[Ouviu. Sentiu. Sorriu.
Um inverno, um inferno.
Tudo parece tão calado ou(á)tono.

A minha arma é a que solta água.
Posso te molhar?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

terça-feira, 16 de outubro de 2007

.

Um ponto e pronto.

domingo, 14 de outubro de 2007

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Segurança de Guerra

O pobre segura a fome,
O filho dele segura o rifle.
O rico ainda segura a caneta,
Seu filho segura a placa!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Passeio no Rio de Janeiro

O que distancia a lua-nova, gorda e negra de vestido azul, daquela loira dos olhos-céu que tem cor de pétala? As duas balançavam seus seios pro povo do Rio babar. E aquele cheiro de cigarro do velho da padoca me tira o olhar. Uns barulhos de sirene. Papo vai, papo vem, já era hora do almoço. Eu parado ali, a distinguir meus pensamentos das minhas loucuras.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Palhacinho


Ai, que engraçado! Ele é brasileiro!
Vi a bandeira do outro lado da rua.
Pensei que partilhavam de tal desconforto,
Mas era apenas jogo de futebol.

Verme.bueiro.doença.a bença.mi morte.vermelho.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ex-cola

Á ca
ó! ria tu
Quí mi matem!
Por hist:
ca, guês-ti.

Matemática, Química, Português, História.

Coelho


Tédio. Cenoura.
Conério. Ceoelho.
Cédio. Tenério.
Tenoura-elho.
Édio. Ceno.
Teno. Rio.
Roelho. Rêlho.

Uhum ame-in


Akua mole in pedtra pura
tantos baldes "té" qüe bulha.
A!11. Credo ou trarde.
É: OLLLLLLLLLLhe o "terrô"
Phoposphobicocláustico.
Apropóstido, catala-eclesiastenamente.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O poeta


e sua porezia. Perdid-o.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Porranominais

"Dê-me um cigarro
Diz a gramática..."
Oswald de Andrade


"Me dá essa gramática, filho da puta"
Diz o aluno ao professor da escola pública
"Pra mim enrolar meu baseado!"
Que comprou do mulato traficante
Mas o bom negro e o bom branco
Da mídia brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
O Brasil é penta!

Madona da Flor



Quadro antigo que resolvi reformar. A câmera tirou o brilho da tinta à óleo.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Efeito Ressonância

Alucina AÇÃo! Ão! Ão! Ão! Ão! Ão!
A Morte! Morri! Ri! Rí! Ri! Rí! Ri! Rí!
Hahahahahahá! psssssssssssssssssssshI!
Corre! Corre não! Desculpa "aê"!
-medo-medo-medo-
Porra! É a vida...
Ãh? Morri?

NÃO!
Eu escuto as batidas do coração.
Bem de longe.

Em volta do........... tudo é beira.
...................buraco....................

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Homo Ócious

Poetas são vagabundos! "E não o são?"
Músicos também! " E não o são?
E escritor, e pintor, e desenhista, e ator.
"Sim." Qual outro animal é vagabundo,
Se não o Homo Ócious ?

Nunca vi bicho pintar, nem atuar, muito menos escrever.
"E o passarinho por que canta?!" Canta para se acasalar.
E o Homo Ócious que canta por querer cantar!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Vulgarização

Poema pílula
.............pírula
.............prílula
.............pírura

Ode ao non-sense (?).

(Se não entender, este é para você.)

Liberdade na idade de um Abade

Quanto devo por este formulário?
O ábaco do Abade ecoou:
Quarenta e nove e noventa e nove.

Boêmio, mas não bebia.
Poeta, mas não sabia escrever.
Romântico que nunca amou.
Se amou, não consumou!

Era minimalista nos mínimos detalhes
Recitava Nietzsche como se fosse poesia!
_Mas não o era?

Filho da puta de Abade!
E o Tabu? Tomou no cu!
E no seu cu? Não vi quem pôs!
E o ladrão? Ficou pra depois. (Mas que ladrão?)

Retomando o assunto tempo

_É!
_É?
_Já foi.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O Fedor

Privada. Privada. Privado.
Privada. Pública. Privado
Pública. Privada. Pública.
Pública. Pública. Pútrifa.
Privada. Privada. Privante.

Autoretrato


Eu que sou meu.

Manifesto da Pergunta


Crio aqui o manifesto da pergunta. Tendo como objetivo a pergunta. Não tenho nada a perguntar. Acabo aqui o manifesto da pergunta. (?)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A Mídia da Bunda

" Em séculos passados, o público expunha as orelhas dos jornalistas no pelourinho. O que era horrível. Neste século, os jornalistas ficam de orelha em pé atrás das portas. O que é ainda pior."
Oscar Wilde


Essa vai pros anais dos periódicos! (sorrisos)
Um viva ao quarto poder! O poder manipulador!

Sobre os tais malditos



Malditos os ladinos
Que foram meninos,
Não são tão felinos
E me causam o dó.

Malditos os rapazes
Que se acham incapazes
Não passaram das fases
E me causam o dó.

A ironia e o medo: Uma novela.

_Vou lalala-la.
_O que? - cara de espanto.
_Lalalar-lhe-ei. - rizada maléfica.
[e silêncio.
_Não entendo. Como pode?
[e silêncio.
_Não sei. - vai embora.
[e silêncio.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Arte Palaciana

de Banksy


Uma outra, como todas as outras artes que se definem pelo que não são.
Não é da raiz da Arte Pupunha, nativa brasileira, mas é parasita do seu palmito, parasita das palmas nacionalistas hipócritas de um povo que não é filho de Tupã.
Erudita, por assim dizer na atualidade, mas não deixa de ser prosaica e burlesca.
Feita por príncipes dos sons, lordes das cores, condes das formas, marqueses das letras, enfim, nobres de espírito. Vivem em palácios da sabedoria em exílio de si (auto-escapismo), um spleen duas vezes ao contrário e inverso.
Um palaciano sabe que o é, mas nunca admitiu, nem nunca falou! Seja por falta de coragem ou coragem exacerbada!
Não merece ter compromisso, não merece ter nada, porque não é oferecido, não é comum, nem incomum, não é nada, nem é nada (ou não).
Não é a ciência da falta de confiança da certeza e nem da incerteza.
Não é bela por si só, nem em conjunto, nem é feia, nem é isso, nem é aquilo, aquilo outro! Não!
Senhores, ainda não se sabe se é pré-arte, arte, anti-arte ou pós-arte.
Dentre toda a certeza dessa incerteza estou certo de que ninguém estará a salvo de conhece-la.

Abra o livro rasgado e deixe que caiam as palavras


Aproveitavam-nas, consumo.
É, compromissos estavam
Fumando presença.
Destacou liberdade,
Época, ambiente, dor.

Destoa droga, minha.
Estão ressaltou:
Começa sinais, crime.
Sem seu possível, vez
Do ciclo, sendo.

Uma, moram,
Cante mais, do já,
Dos que nos está.
Dar, "a" , "e".

Jograis de Uniforme


Alistei-me! Alistei-me!
"Sim, sim senhor!"
No Exército dos passos de dança!

Alistei-me! Alistei-me!
"Sim, sim senhor!"
Na Marinha das palavras e formas!

Alistei-me! Alistei-me!
"Sim, sim senhor!"
Na Aeronáutica das notas musicais!

Minhas filas, harmonia;
Meus tiros, melodia;
Meu limite é o ritmo.

Alistei-me! Alistei-me!
No pelotão dos literados.
No pelotão dos aloprados.
No pelotão dos vagabundos.

Dentre os tiros que ecoam a morte
Eles me chamam por respeito
De Tenente Poesia!

A arte Pupunha

E aqui fica um espaço reservado para meu desenho.

Leitor querido, q´estar a ler
Quer ler, querido leitor que lê?

Foi ela! Foi ela! Foi ela!
O meu amor eterno!
Que durou por uma fila de banco!

E a matraca ainda se achando:
Tá! Tá! Tá! Tá! Tá!
Respondendo ao chamado
Que proclama a morte!

Mas ora! Logo hoje?
Logo no dia que colori
As tais vogais?
E no final, todas estavam pintadas
De vermelho.

O Tempo, o amor e o tempo

Disse ao Tempo que me desse longo tempo pra te amar.
O Tempo me mostrou o amor e disse que eu tinha de te dar um tempo.
"Meu amor me mostrou o tempo" foi o que o Tempo disse.
Eu matei o Tempo pra poder te amar pelo tempo indefinido.

Amei o tempo que me foi dado e mostrei o Tempo pro meu amor.
Depois o tempo me matou por ter amado sem pensar no Tempo.
E eu agora amo sem saber se o tempo é o mesmo Tempo de antes,
Mas só sei que o Tempo não conseguiu matar meu amor tempos atrás.

Boa Noite!

Hugo Chávez diz que Brasil vai deixar de plantar alimentos para plantar cana, rumo a produção de etanol.

Pela atitude do governo "relaxa e goza", Lula vai dizer que o cidadão brasileiro, vulgo Homer Simpson, pode viver de caldo de cana e cachaça sim!

Num país onde quem dança balé é viado e fazer música é coisa de vagabundo, o horário político eleitoral só podia ser uma piada!

Mas hoje sejamos nacionalistas e patriotas: a seleção do Brasil ganhou! Vamos todos assistir à dança dos famosos!

Metade calabresa, metade quatro-queijos, sem orégano, por favor!

Quase tudo se resolve em pizza

- Tem razão, toda a razão, amor.
- Pois então! Porque não?
- Culpa minha, talvez!
- Culpa sua, sim!
- É.
- É.
- Vamos pedir uma pizza?

Cantadas de literaturas

És formosa como a branca andorinha a se refrescar no cálice de carrara.- diria Olavo Bilac

Que os vermes prosperem em seu cadáver, suculento, junto ao meu. - diria Augusto dos Anjos

Deus me perdoe, mas contigo ei de consumar o pecado da carne. - diria Gregório de Matos Guerra

Não sou um qualquer! Meu vasto pasto lhe oferecerá de tudo que é preciso. - diria Tomás Antônio Gonzaga

A fruta mais bela que encontrei perto de minha tribo, meu tupin-muru! - diria Basílio da Gama

Amor! Aqui estou a arder em flamas por você, Lua pálida entre as estrelas. - diria Álvares de Azevedo

Virgem! Forçada por todos, hoje serás livre da fúria do chicote por mim. - diria Castro Alves

Te amarei pelo tempo que me satisfazer a necessidade de homem - diria Machado de Assis

Vamos começar a transar no calor de sua cama antes que seu marido chegue - diria Aluísio de Azevedo

Oh! Flor branca, com teu eflúvio sabor, trouxe-me o gosto da felicidade - diria Cruz e Souza

Crônica do Cadáver

E naquela tarde de terça-feira todos deixam de trabalhar pra ir ao velório:

- É uma pena que seja tão novo. Nessa idade eu nem era casada! - chora a avó.

- Nem sabia que estava doente! Morreu de que? - o primo distante.

- Não importa o meio, o que importa agora é o fim, morreu e não volta mais! - o tio professor.

- Acho que é alguma doença infecciosa. - o chefe.

- Isso pega? - um amigo do trabalho.

- Mal sabem eles - pensa o cadáver.

Cantando a Língua, a portuguesa

Sei que "amor" é um substantivo abstrato,
Mas amar é um verbo.
E verbo representa ação.
Ação pela qual quero praticar com meu objeto.

Minha Oração pode ser reduzida,
Mas você não sabe quantas maneiras posso conjugar esse teu verbo.
Conjugaria-o mais-que-perfeito,
Pois faltariam-me adjetivos

Sendo assim,
Serei subordinado apenas se aceitar "ele" como objeto direto,
Sabendo que não irei pôr uma preposição.

(sem título)

Poeta! Sob a Luz da Lua escreveu em pena
Versos brancos sobre amor! "Désolé, mon ami"! Apagou
Dois versos vindos do mais Sábio afroditeta.
Poema de uma estrofe, quimera da vergonha! não rimou.

Hoje, uma paródia da tristeza

Hoje estou sóbrio,
Não é por uma questão moral
E não foi porque pediu,
Nem o será.

Hoje estou calado,
Não é porque não tenho o que falar
E não foi porque me impediu,
Só não sei como dizer.

Hoje estou triste,
Não é por um motivo usual
E não foi porque quis,
Foi por causa dela.

"Áqueles que quando querem conseguem"
Dizia o epitáfio
Daquele que morreu
Tentando viver.

Memórias de uma Noite de Núpcias

Não diga todos os problemas que ei de ouvir.
Livra-me da realidade cruel, me Corrompe
Esta doce lágrima que me cai na face, me Fere,
Pois hoje tirei o dia para me embriagar.

Toma-me o copo Vorazmente e o prova.
Sabes que não suportas, sou filho de Baco.
Entre amores numa cama, acorda sóbria
Do sonho que muitos tiveram com você.

"Passe-me um fósforo", eu digo, acendo o cigarro.
Vestido me evoco a repor energias.
Me vem a cabeça o longo trajeto ao trabalho

"Passe-me a manteiga", eu digo, como um pão.
Com um olhar sedutor e Selvagem, me chama.
Estamos nus novamente, depois de mais um sonho.

Nada sendo explicado

Nada: Algo tão complexo
Puro e intocável
Insignificante
Ilusório, irreal

Nada não se cria
Não se obtêm
(nada)
Explicar nada não me convêm

Divagação curta sobre meu tempo de ócio

Porque não ser um gênio
E ficar no ócio?
Mas sendo tanto
Não ficaria assim

Por isso não o sou
Saúde aos bons Boêmios
Que como nós conseguem
Juntar ambos num copo

Me apresento



Será breve e brando, e logo
Saberão de qual tipo sou
Venho me mostrar diante destes
Nós, destronos de letras

Não vou me gabar do que já vivi
Pois não me verás sobrio por ai
Um tanto quanto direto demais,
Se rima é o que quer, terá que pedir

Feio, arrogante, sarcástico e decadente
Não procurará em mim, algum exemplo
Sua opinião nunca vai passar na minha mente

Meu dono, que me governa, ainda não existiu
Pensamentos, e muitos, quis escrever
Agora lhes dou, brandamente, este prazer